Culpa? Remorso? O que nos impede de deitar a cabeça sobre o travesseiro e, simplesmente dormir? Ora, o peso na consciência pode ser deliberado, pela má fé, e o portador dessa é tão mal-caráter, que não sentirá culpa, mas prazer, e dormirá o melhor dos sonhos, e acordará já pretendendo renovar, perversamente, os seus prazeres. No entanto, a culpa também pode ser incutida nas boas, porém, fracas mentes; e isso é que pode ser corrigido ou evitado. É como se se catequizasse desde a mais tenra infância o perigo do “fruto proibido”, daí sobrevem o medo e o pecado. Em vez disso, deve-se incutir a cidadania, ouseja, ensinar e informar sobre moral, ética, deixando as conclusões após as discussões e debates, quando se pode chegar mais facilmente ao consenso. E, caso se errre, é possível corrigir, emendar-se, dentro do que se deduz “o ser moral”, ou pela legalidade. Certamente, diminuindo sobremaneira o sentimento de culpa, tornaríamos-nos mais fortes, e muito menos propensos a vários transtornos físicos e principalmente mentais. Assim, sendo conhecedores da inexistência do “pecado original” ou do “castigo eterno”, sem dúvida, seria muito mais fácil deitar e dormir um sono tranqüilo e reparador, além do bem supremo e do mal eterno.
Só os sensíveis têm o sentimento de culpa, só os nobres têm o poder de enfrentá-lo, de corrigir e transformá-lo em êxito.
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